2/08/2008

"nada vai mudar minha grudada em mim, nem meu rosto inchado de mágoa"

Chegou sozinha ao bar e foi recebida pela Tristeza, antiga boêmia conhecida que há tempos não via. Sentou-se na mesa do canto junto à Solidão e ao Constrangimento. Pediu uma cerveja e ficou calada até a chegada do Amor. Ele veio sério, trazendo na mochila as reclamações e incertezas. Quilos e mais quilos de incertezas.
Ela ficou insegura, como sempre. Tinha tantas dúvidas, tantas agonias trancafiadas na garganta...não entendia aquele olhar parado.
Precisava resgatar o Amor, traze-lo de volta ao seu colo, afagar a desconfiança para assim, descarta-la no texto mais próximo.
Mas o Amor ainda estava sério...tomou cigarro, fumou saudade, escreveu cerveja e confundiu os sentimentos para tentar se entender.
Depois de uns passos conseguiu perceber que o estrago nem era tão grande, e o abraço ainda envolvia seu corpo pequeno.
Cancelou a conta e pediu a saidera para comemorar, ele partiria em breve, mas prometeu voltar sem danos causados.
Basta agora esperar...e se entender...e se resolver...

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