Tu sabias que enquanto dormes eu fico te olhando? Fico tentando adivinhar o grau de curvatura que teu corpo faz quando deitas de lado. Mas logo me perco a contar as pintinhas nas tuas costas. Nessa contagem eu escorrego bem de leve meus dedos pela tua pele e sinto ela se arrepiar.
Adoro te fazer arrepiar, é como a consagração, é como estar perto do podium, sei que podes até estar num sono profundo, mas sentistes que eu estava ali contigo.
Passo um bom tempo tentando descobrir de que cor é essa penugenzinha no teu pescoço, que cresce logo que o cabelo acaba. Não consigo me decidir, mas acho que vou eleger o dourado.
Sempre que eu respiro bem fundo na tua nuca não é para sentir teu cheiro, esse eu já decorei. É mesmo para ver se consigo te aspirar um pouco pra dentro de mim e te soprar para fora quando a saudade doer demais, como agora.
Fico te olhando e te beijando, agradecendo cada pedacinho. Nessa busca eu encontro até uma pequena cicatriz, aposto que nem te lembravas mais dela, pois eu adoro homens com cicatriz. Normalmente as cicatrizes vêm cheias de histórias divertidas e tu sabes que bom-humor pra mim é tudo!
Sabes muitas coisas a meu respeito, outras eu ainda não te contei, precisamos dos nossos segredos para manter o mistério, certo?! Tu nunca vais me responder, eu sei, mas sei também que vais sorrir e me beijar daqui a pouco e a gente vai poder diminuir essa distância idiota.E o coelho não vive sem cenoura, nem a cenoura mereceria existir sem o coelho pra saboreá-la...
12/13/2007
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